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Suspeito de matar jovem que sumiu a caminho de casa tem prisão preventiva

Suspeito de matar jovem que sumiu a caminho de casa tem prisão preventiva

Suspeito de matar jovem que sumiu a caminho de casa tem prisão preventiva
Suspeito de matar jovem que sumiu a caminho de casa tem prisão preventiva (Foto: Reprodução)

A Justiça decretou a prisão preventiva de um homem por suspeita de envolvimento no assassinato de Brenna Maia, de 25 anos, que desapareceu a caminho de casa em Morada Nova, no interior do Ceará. Wlaudeci Cavalcante estava preso temporariamente desde o início de julho, quando foi detido com uma arma de fogo. Após os indícios de que ele participou do assassinato de Brenna, a prisão foi convertida em preventiva.

A jovem foi encontrada morta em um terreno baldio em 17 de junho deste ano 2025, um dia após ser gravada brigando com o ex-companheiro. O laudo da Perícia Forense apontou que Brenna morreu por falta de oxigênio no cérebro após ter sofrido um corte na traqueia, na região do pescoço.

Conforme a denúncia do Ministério Público, recebida pela Justiça na última segunda-feira (8), Wlaudeci Cavalcante Lima, 29 anos, matou Brenna Maia na madrugada do dia 16 de junho, por volta das 2h40, usando um objeto cortante e subtraiu o celular da vítima.

Wlaudeci foi preso em 8 de julho, por guardar uma arma de fogo em casa, que fica a 550 metros de distância do local onde o corpo de Brenna foi encontrado. No momento da captura, além da arma, a polícia apreendeu com ele dois aparelhos celulares, entre eles estava o da vítima.

Após a descoberta, os agentes passaram a investigar a relação de Wlaudeci com o assassinato da jovem.

Ao determinar a prisão preventiva de Wlaudeci, a Justiça justificou com a necessidade de "garantir a ordem pública".

"Há fortes indícios de envolvimento do representado no homicídio em análise, tendo em vista que, além de ter sido apreendido com o aparelho celular da vítima, ele se empenhou 'em eliminar vestígios do dispositivo, com o claro intuito de obter vantagem pessoal e se ocultar das investigações", diz um trecho da decisão do juiz de Direito.

Durante as investigações, um relatório técnico revelou que o aparelho de Brenna, um iPhone 12 Pro Max, foi bloqueado e desbloqueado diversas vezes madrugada do crime, o que indica que o celular estava protegido por senha. Além de ter sido desligado e ligado sete vezes no intervalo entre 2h47 e 4h36min.

"Wlaudeci, entretanto, conseguiu desbloqueá-lo e realizar pesquisas na internet sobre como contornar o sistema de reconhecimento facial (Face ID), inclusive às 4h32min do dia 16 de junho de 2025, evidenciando tentativa de apagar vestígios e alterar configurações do dispositivo", diz um trecho da denúncia.

Além disso, também foram identificadas pesquisas sobre redefinição de senha, gerenciamento de conta Apple e exclusão de atividades, todas realizadas pelo denunciado após o crime.

O documento apontou ainda que o investigado recebeu diversos e-mails confirmando alterações na conta Apple da vítima, reforçando o domínio sobre o aparelho.

"A partir do dia 21 de junho de 2025, o delatado passou a realizar buscas e assistir vídeos tutoriais sobre como reiniciar, formatar e quebrar a senha de iPhones, além de desativar o recurso 'Buscar iPhone', com o claro objetivo de apagar rastros e assumir o controle do dispositivo", disse a investigação.

A polícia também obteve imagens do aparelho em funcionamento, registros de contas vinculadas à vítima (como iCloud, Gmail, bancos, redes sociais e serviços de streaming), bem como evidências de que o denunciado substituiu a conta original da vítima por uma nova, vinculada ao seu próprio email.

Os investigadores localizaram conversas no aplicativo WhatsApp em que o Wlaudeci admite ter “ajeitado o celular” e planejava fugir, solicitando emprego em outro município.

Investigação

Ao ser interrogado em duas diferentes ocasiões, o suspeito apresentou diferentes versões. A primeira foi a de que não conhecia a vítima e encontrou o iPhone, já desbloqueado, em uma avenida da cidade. Na ocasião, ele apenas mudou a senha e passou a utilizá-lo. O g1 não localizou a defesa do suspeito.

No segundo interrogatório o homem disse que estava em um mototáxi, a caminho da casa de uma pessoa com quem teria relacionamento, quando visualizou o aparelho ao chão, pediu para o condutor parar a moto, pegou o celular e passou a utilizá-lo.

Testemunhas negaram a versão do acusado. Além disso, uma pessoa ouvida pela polícia confirmou a senha que era usada no celular de Brenna.

"Essa circunstância indica que o denunciado obteve acesso à senha original da vítima, sugerindo contato prévio entre ambos, o que desmonta por completo a versão de mero 'achado de celular'", apontou a investigação.

Wlaudeci é membro da facção criminosa Massa Carcerária e possui um extenso histórico criminal, com envolvimento em estupro de vulnerável, furto e quatro ocorrências por porte ilegal de arma de fogo. Ele está recolhido na Unidade Prisional de Quixadá-CE.

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