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Tenho pressão arterial 12 por 8, o que fazer?

Tenho pressão arterial 12 por 8, o que fazer?

Tenho pressão arterial 12 por 8, o que fazer?
Tenho pressão arterial 12 por 8, o que fazer? (Foto: Reprodução)

Tenho pressão arterial 12 por 8, o que fazer?

Nova diretriz médica redefine pressão arterial: valor de 12 por 8 agora é considerado pré-hipertensão. Mudança visa aumentar alerta para prevenção de doenças cardiovasculares. Especialista explica novos parâmetros e estratégias para controle.

Aquela famosa máxima de que a pressão arterial "12 por 8" é um valor normal acaba de ser atualizada. De acordo com uma nova diretriz elaborada por três sociedades médicas brasileiras, essa medida passa a ser classificada como pré-hipertensão. A revisão tem como objetivo principal criar um alerta mais precoce e estimular a prevenção contra a hipertensão, um dos principais fatores de risco para infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC).

O novo entendimento foi estabelecido a partir de protocolos definidos em conjunto pela Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). A expectativa é que, ao reduzir o parâmetro para o que é considerado pré-hipertensão, mais pessoas sejam incentivadas a adotar hábitos saudáveis.

O que muda na prática?

Em entrevista, o Dr. Ulysses Cabral, presidente da Sociedade Cearense de Cardiologia, explicou os novos critérios de classificação. De acordo com o especialista, a definição agora é a seguinte:

Pressão arterial normal: abaixo de 12 por 8.

Pré-hipertensão: pressão no intervalo entre 12 por 8 e 13,9 por 8,9.

Hipertensão: pressão acima de 14 por 9.

"A ideia da Sociedade Brasileira de Cardiologia de colocar esse parâmetro de pré-hipertensão é justamente chamar a atenção da população e dos profissionais de saúde para a estratégia de prevenção à hipertensão", afirmou Dr. Ulysses.

Prevenção e controle:

Segundo o cardiologista, para a maioria das pessoas enquadradas na nova categoria de pré-hipertensão, a estratégia inicial não envolve remédios, mas sim medidas não farmacológicas.

As principais recomendações são:

• Redução do consumo de sal na dieta.

• Prática regular de atividade física.

• Controle do peso.

• Abandono do tabagismo.

• Acompanhamento médico regular.

"Quando você identifica um paciente pré-hipertenso (...) com algumas medidas não farmacológicas, principalmente a redução de peso, o controle mais restrito da dieta, a prática regular de atividade física, você pode sim reduzir esses níveis pressóricos e chegar a patamares normais. Isso é possível, com certeza", destacou o médico. Diferente da hipertensão, que é uma doença crônica, a pré-hipertensão pode ser revertida com mudanças de estilo de vida.

E as gestantes?

Dr. Ulysses esclareceu que a nova classificação de pré-hipertensão não se aplica da mesma forma às grávidas. Para elas, o parâmetro para hipertensão continua sendo acima de 14 por 9. No entanto, o acompanhamento pressórico durante o pré-natal já é rigoroso, o que permite uma identificação precoce de qualquer alteração.

Alerta para a população:

A hipertensão atinge cerca de um terço da população brasileira, sendo uma doença muito prevalente e perigosa. A nova diretriz reforça a importância de as pessoas estarem atentas aos seus níveis pressóricos, medindo a pressão regularmente em farmácias, unidades de saúde ou em casa.

A mudança de paradigma em relação ao valor "12 por 8" serve como um estímulo para que a população busque uma mudança de hábitos antes que a pressão alta, de fato, se instale. A partir de agora, saber que se está na faixa da pré-hipertensão pode ser o primeiro passo para uma vida mais saudável e longe dos riscos das doenças cardiovasculares.

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