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MPF arquiva investigação de corrupção no governo Bolsonaro por falta de provas

MPF arquiva investigação de corrupção no governo Bolsonaro por falta de provas

MPF arquiva investigação de corrupção no governo Bolsonaro por falta de provas
MPF arquiva investigação de corrupção no governo Bolsonaro por falta de provas (Foto: Reprodução)

O Ministério Público Federal (MPF), por meio da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão (Combate à Corrupção), homologou o arquivamento de um inquérito civil que investigava a Itaipu Binacional por supostas irregularidades em negociações do acordo bilateral entre Brasil e Paraguai durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão, tomada por unanimidade na 23ª Sessão de Revisão Ordinária, realizada em 21 de agosto de 2025, encerra a apuração iniciada em 2021.

A investigação foi aberta a partir de denúncias sobre possíveis negociações paralelas conduzidas por lobistas, que teriam oferecido vantagens indevidas a autoridades paraguaias em troca de benefícios comerciais. O caso também estava associado a um inquérito policial que apurava possíveis crimes previstos nos artigos 337-B (corrupção ativa em transação comercial internacional) e 337-C (tráfico de influência em transação comercial internacional) do Código Penal.

No entanto, o relatório final do inquérito policial apontou a ausência de provas para sustentar as acusações. Segundo o MPF, não foi comprovada a oferta ou promessa de vantagem indevida a agentes estrangeiros, nem foram identificados elementos mínimos que configurassem atos lesivos à administração pública, conforme a Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013). Além disso, destacou-se que os supostos lobistas atuavam como particulares, sem envolvimento de agentes públicos brasileiros, o que afastaria a possibilidade de caracterização de improbidade administrativa.

Outro fator considerado foi a antiguidade dos fatos investigados, datados de 2019, e o exaurimento das diligências possíveis, sem que novas provas surgissem. Com isso, a relatora do caso, procuradora Maria Iraneide Olinda Santoro Facchini, votou pelo arquivamento, sendo acompanhada pelos membros Alexandre Camanho de Assis e José Augusto Torres Potiguar.

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