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Apresentadores que chamaram jornalista de 'sapatãozinha' são denunciados por homofobia

Apresentadores que chamaram jornalista de 'sapatãozinha' são denunciados por homofobia

Apresentadores que chamaram jornalista de 'sapatãozinha' são denunciados por homofobia
Apresentadores que chamaram jornalista de 'sapatãozinha' são denunciados por homofobia (Foto: Reprodução)

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) denunciou dois apresentadores de um podcast de Juazeiro do Norte-CE por crime de homofobia. A ação tem como vítima uma jornalista da região, que foi alvo de expressões discriminatórias durante um episódio do programa veiculado no dia 01 de setembro 2025.

De acordo com a denúncia, feita sexta-feira dia 26 de setembro 2025, os dois homens proferiram injúrias de cunho homofóbico contra a profissional. Em determinado momento, a jornalista foi chamada de "sapatãozinha".

Além disso, o MP apurou que os acusados teriam insinuado, sem apresentar provas, que a jornalista estaria recebendo dinheiro de políticos em troca de matérias favoráveis.

O g1 tentou contato com a defesa dos apresentadores do podcast, João Paulo Ramos e o ex-vereador Janu, mas não obteve resposta.

Pedido de suspensão de redes sociais

O MPCE requereu uma série de medidas contra os denunciados. Entre elas, está a suspensão por seis meses das contas do “Na Lata” no Instagram e no YouTube, plataformas onde o conteúdo é hospedado. A promotoria também pede que os apresentadores paguem uma indenização por danos morais no valor de 20 salários-mínimos à vítima, além de mais dez salários-mínimos por danos à coletividade, em virtude do caráter público da ofensa.

Para proteger a jornalista, o Ministério Público solicitou à Justiça que os acusados sejam proibidos de entrar em contato com ela e obrigados a manter uma distância mínima de 300 metros.

Em trecho da denúncia, o MP destacou a gravidade do crime por ter sido cometido em um programa de amplo alcance nas redes sociais. “Destaque-se, ainda, que o emprego das injúrias homofóbicas ocorreram em programa transmitido em redes sociais de ampla repercussão, o que amplifica a gravidade da ofensa, pois expuseram à vítima ao escárnio público e reforçou práticas discriminatórias que alcançou um número indeterminado de usuários no Instagram”, afirmou.

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