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La Niña é confirmada e muda o cenário climático: o que isso pode gerar para o Ceará e o Nordeste

La Niña é confirmada e muda o cenário climático: o que isso pode gerar para o Ceará e o Nordeste

La Niña é confirmada e muda o cenário climático: o que isso pode gerar para o Ceará e o Nordeste
La Niña é confirmada e muda o cenário climático: o que isso pode gerar para o Ceará e o Nordeste (Foto: Reprodução)

O fenômeno climático La Niña, caracterizado pelo esfriamento das águas do Oceano Pacífico, está oficialmente de volta e deve se estender entre dezembro de 2025 e fevereiro de 2026, segundo informou o Centro de Previsão Climática dos Estados Unidos (NOAA/CPC).

De acordo com o órgão, as condições da La Niña surgiram em setembro de 2025, com a expansão das temperaturas da superfície do mar abaixo da média no Pacífico equatorial central e oriental. O índice Niño-3.4 registrou -0,5°C, confirmando o início do fenômeno. O comunicado destaca que será uma La Niña fraca, com menor probabilidade de impactos severos, mas ainda capaz de alterar o regime de chuvas e temperaturas em várias regiões do planeta.

No Brasil, os efeitos já são esperados. De acordo com Gilvan Sampaio, meteorologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Rio Grande do Sul e Santa Catarina devem enfrentar redução nas chuvas, o que pode impactar a agricultura. Em contrapartida, o Norte e o Nordeste devem registrar chuvas acima da média, enquanto Sudeste e Centro-Oeste poderão ter temperaturas mais baixas e períodos frios fora de época.

No Ceará, o retorno da La Niña traz expectativa positiva para o campo. A tendência é de bons volumes de chuva entre janeiro e março de 2026, o que pode favorecer o plantio e aumentar o nível dos açudes. No entanto, especialistas alertam que, embora o fenômeno traga alívio para o semiárido, chuvas fortes e irregulares também podem causar alagamentos e erosão em áreas rurais.

A Funceme e o INMET reforçam que o fenômeno será monitorado de perto nos próximos meses, e novas atualizações serão divulgadas conforme o comportamento atmosférico evolua. Para os produtores e moradores do interior, o momento é de atenção e preparo, tanto para o excesso quanto para a falta de chuva em determinadas áreas.

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