16 trabalhadores são resgatados de trabalho análogo à escravidão em obra na Grande Fortaleza-CE
16 trabalhadores são resgatados de trabalho análogo à escravidão em obra na Grande Fortaleza-CE
Dezesseis trabalhadores em situação de trabalho análogo ao de escravo foram resgatados em uma obra da construção civil em Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza-CE. O grupo foi encontrado durante uma operação coordenada por auditores-fiscais do Ministério do Trabalho (MTE), com participação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Federal, realizada entre os dias 20 e 24 de outubro 2025.
Os trabalhadores são dos estados do Maranhão e do Piauí. Todos foram recrutados para atuar na construção, mas se depararam com uma realidade de abandono e descaso.
De acordo com o Ministério Público do Trabalho, os trabalhadores estavam submetidos a condições degradantes de vida e de trabalho, configurando situação de trabalho análogo à escravidão. O alojamento era improvisado e insuficiente para acomodar todos, obrigando parte deles a dormir ao relento, sob o sereno.
de trabalho análogo à escravidão. O alojamento era improvisado e insuficiente para acomodar todos, obrigando parte deles a dormir ao relento, sob o sereno.
As refeições eram feitas no chão, sem mesas ou cadeiras, e sequer havia talheres disponíveis e precisavam usar as tampas das quentinhas para se alimentar. A água era consumida diretamente de garrafas plásticas, por falta de copos ou utensílios adequados.
Além da precariedade, os fiscais constataram descontos irregulares nos salários, referentes ao transporte até o Ceará, prática proibida por lei. Os trabalhadores também relataram a baixa qualidade da alimentação, que em alguns momentos estava azeda ou com cheiro ruim, e a falta constante de água potável no local.
Os auditores ainda identificaram riscos graves à segurança, com relatos de acidentes durante o expediente. O canteiro de obras foi embargado imediatamente, e a empresa responsável foi autuada.
As autoridades garantiram o pagamento das verbas rescisórias, devolução dos valores descontados indevidamente e o retorno das vítimas às suas cidades de origem, com as despesas custeadas pela empresa infratora.
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