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Senador Pompeu-CE reúne multidão na 43ª Caminhada da Seca em um domingo de fé, emoção e memória

Senador Pompeu-CE reúne multidão na 43ª Caminhada da Seca em um domingo de fé, emoção e memória

Senador Pompeu-CE reúne multidão na 43ª Caminhada da Seca em um domingo de fé, emoção e memória
Senador Pompeu-CE reúne multidão na 43ª Caminhada da Seca em um domingo de fé, emoção e memória (Foto: Reprodução)

O município de Senador Pompeu-CE viveu neste domingo, dia 09 de novembro 2025, um dos momentos mais marcantes de sua história recente com a realização da 43ª Caminhada da Seca. O evento, que mistura fé, emoção e memória, reuniu centenas de peregrinos vindos de diversas regiões do Ceará, em um percurso de devoção que relembra os flagelados do Açude Patu. Homens, mulheres e crianças que sofreram com a fome e a sede durante as grandes secas que assolaram o sertão.


A caminhada teve início às 4h30 da manhã, quando os fiéis partiram em direção ao Santuário da Seca, entoando cânticos e orações. Às 5h30, foi celebrada uma Santa Missa presidida por Dom Geraldo Freire, bispo da Diocese de Iguatu-CE, com a presença dos padres Anastácio, Bruno José e Emanuel.


O momento litúrgico marcou o ponto alto de uma manhã que combinou espiritualidade e emoção coletiva.

Desde a retomada do evento após a pandemia, esta foi a maior edição já registrada, demonstrando o quanto a tradição permanece viva no coração dos sertanejos. Ao longo do trajeto, os participantes reafirmaram sua fé e o compromisso com a memória dos que pereceram nos campos de concentração e nas frentes de trabalho, vítimas anônimas de um dos períodos mais difíceis da história nordestina.

A chegada ao Campo Santo das Santas Almas da Barragem, considerado um dos poucos santuários no mundo dedicados a um grupo coletivo de mártires, foi marcada por forte comoção.


Velas acesas, flores e preces transformaram o local em um cenário de fé e gratidão, simbolizando a resistência e a esperança que continuam a guiar o povo sertanejo.

Durante a celebração, Dom Geraldo Freire destacou a importância de manter viva a memória dos que padeceram de fome e sede, ressaltando que a compaixão e solidariedade demonstradas pelos fiéis são expressões autênticas de amor cristão.

Com mais de quatro décadas de tradição, a Caminhada da Seca segue sendo um símbolo de resistência, fé e identidade do povo nordestino, uma herança espiritual que atravessa gerações e reafirma a força de um Ceará que nunca esquece suas raízes.

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