14 policiais militares são presos por receber propina para facilitar tráfico de drogas
14 policiais militares são presos por receber propina para facilitar tráfico de drogas

Uma operação do Ministério Público do Ceará (MPCE) realizada nesta terça-feira dia 29 de julho 2025, prendeu 14 policiais militares suspeitos de integrar uma organização criminosa voltada à prática de corrupção, extorsão e facilitação do tráfico de drogas em bairros da Grande Messejana, em Fortaleza-CE.
A "Operação Kleptonomos", realizada por meio do Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), teve o objetivo de cumprir 34 mandados, sendo 16 de prisão preventiva e outros de busca e apreensão, nas cidades cearenses de Fortaleza-CE, Itaitinga, Maracanaú e Russas, além de Maceió, em Alagoas.
A Justiça autorizou ainda a quebra do sigilo das informações contidas nos aparelhos telefônicos e equipamentos de armazenamento portátil e a suspensão do exercício de função pública dos agentes investigados.
Com base nas provas coletadas, o MPCE denunciou os policiais investigados por integrar organização criminosa, corrupção passiva com causa de aumento, extorsão qualificada e facilitação do tráfico de drogas.
Segundo o Ministério Público, o caso começou a ser investigado no final de 2022, a partir de denúncias anônimas encaminhadas ao Gaeco.
Na ocasião, os denunciantes relataram sobre um esquema criminoso envolvendo policiais militares nos bairros Paupina e Coaçu, especificamente na comunidade Pôr do Sol e no condomínio Residencial dos Escritores.
Conforme a denúncia, os policiais militares estariam recebendo propina de traficantes da região para evitarem a ação policial naquela área, permitindo o livre comércio de drogas na área.
"Era um verdadeiro consórcio do crime de policiais que atuavam na região da Grande Messejana com traficantes de uma determinada organização criminosa praticando crimes de corrupção, extorsão, facilitação do comércio de drogas, inclusive, comunicando quando haveria ação de repressão da polícia naquela localidade, para permitir que os traficantes continuassem o comércio livremente", disse o promotor Adriano Saraiva, coordenador do Gaeco.
De acordo com o promotor, os policiais investigados agiam no momento que estavam em serviço.
"Ele atuavam com todo aparato da polícia. Estavam no exercício das funções, utilizando as viaturas, utilizando pesquisas nos sistemas policiais. Com essas informações, eles passavam isso para os traficantes e aí ocorria todo tipo de crime", falou o promotor.
O nome da operação, "Kleptonomos", tem origem no grego e significa “aquele que rouba a lei”, representando a ideia de servidores que usurpam a autoridade legal para impor regras próprias em afronta ao sistema de justiça.
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