"Não vou me humilhar", diz Lula sobre Trump
"Não vou me humilhar", diz Lula sobre Trump

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva do (PT), afirmou estar disposto a negociar diretamente com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a taxação de até 50% imposta aos produtos exportados pelo Brasil.
No entanto, Lula ressaltou que a conversa só ocorrerá quando perceber que o mandatário norte-americano está aberto ao diálogo. Até lá, garantiu que "não vai se humilhar".
"Pode ter certeza de uma coisa: o dia que a minha intuição me disser que o Trump está disposto a conversar, eu não terei dúvida de ligar para ele. Mas hoje a minha intuição diz que ele não quer conversar. E eu não vou me humilhar", declarou Lula em entrevista à Reuters, agência de notícias britânica.
A medida comercial, assinada por Donald Trump na última semana, entrou em vigor nesta quarta-feira dia 06 de agosto 2025. A taxação deverá afetar 35,9% das exportações brasileiras para os Estados Unidos, segundo estimativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).
O presidente Lula afirmou que o Brics - grupo formado por 11 países em desenvolvimento, do qual o Brasil faz parte - vai discutir as sanções econômicas impostas pelo governo dos Estados Unidos. Além do Brasil, outros membros do bloco também foram afetados pelas tarifas.
Para Lula, Trump está incomodando com o crescimento econômico de outros países e com o surgimento de novos mercados.
"Vamos colocar as coisas do jeito que elas aconteceram. O presidente Trump, categoricamente e publicamente, é contra o multilateralismo. Ele prefere o unilateralismo. Prefere negociar país com país, em vez de negociar por meio da OMC [Organização Mundial do Comércio]."
RELEMBRE:
Anteriormente, Trump disse que poderia negociar com Lula. "Ele pode falar comigo quando quiser. Vamos ver o que acontece, mas eu amo o povo do Brasil", afirmou em entrevista a jornalistas em Washington (EUA).
A relação comercial entre os dois países entrou em crise após Trump aplicar sanções ao Brasil, insatisfeito com o julgamento de Bolsonaro e com a exigência de que as big techs sigam a lei brasileira.
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